sexta-feira, 5 de junho de 2015

QUALIDADE DE VIDA: Programa de extensão envolve escolas em projeto ambiental



O projeto de extensão Escolas Sustentáveis e Com-Vida, promovido pelo Ministério da Educação em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDDF), finalizou suas atividades nesta quarta-feira, 3, comemorando o número de 50 escolas públicas do DF envolvidas no projeto e a formação de 90 professores em educação ambiental.
Iniciado no fim de 2014, o curso faz parte das iniciativas da Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública (Renafor), instituída pelo MEC em 2011, por meio de repasse de recursos às instituições federais de ensino superior. Um dos objetivos do projeto é a criação de comissões de meio ambiente e qualidade de vida nas escolas e comunidades escolares.
Escolas – O professor Adriano Galvão de Carvalho, do Centro de Ensino Fundamental Tele Brasília (Cetelb) de Riacho Fundo, um dos cursistas, explica o passo a passo do curso, que propõe, inicialmente, a análise da história, relações, saúde e práticas ambientais específicas de uma escola. Com base nesse diagnóstico, são elaboradas e implantadas ações para solucionar os problemas encontrados. Nesse caso, a primeira iniciativa foi a criação de uma equipe de monitoramento ambiental, com a participação de alunos, funcionários e docentes.
“Detectamos, por exemplo, níveis de som em decibéis acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, com professores e estudantes já apresentando incômodos auditivos, e criamos campanhas de combate à poluição sonora”, diz o professor. A comissão de qualidade de vida na escola também montou uma estação de coleta seletiva, pontos de lixo eletrônico e um complexo agroflorestal (plantações com culturas agrícola e florestal).
As ações geram também atividades didáticas. Segundo Adriano Carvalho, professor de ciências, suas aulas utilizam todo o sistema educativo ambiental criado: “Explico bactérias fixadoras de oxigênio usando a agrofloresta e bactérias decompositoras com a estação de compostagem da escola”, explicou. Para ele, o vínculo das ações com o currículo faz parte do projeto. “Nossa escola, de abril para cá, deixou de ser um agente poluidor e passou a ser um agente de promoção da sustentabilidade”, comemora.
Gestão – O projeto Escolas Sustentáveis e Com-Vida é gerido pela Diretoria de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, por meio de sua coordenação-geral de educação ambiental, tendo como parceiras as instituições públicas de ensino superior e as secretarias estaduais de educação. No DF, a coordenação e implantação do curso foram feitas pela professora Rosângela Correa, da UnB.
Segundo a coordenadora-geral de educação ambiental da Secadi, Jane Fátima Fonteneles Fontana, dentro da política nacional de formação continuada há cursos que abordam sustentabilidade em contextos escolares, espaços educadores e desenvolvimento sustentável, entre outros. “Somente o Escolas Sustentáveis e Com-Vida teve 13 edições desde o fim de 2014, com cursos oferecidos no DF, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Piauí e Paraná.”
Ana Cláudia Salomão

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