O ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, disse neste domingo, 20, em Recife que o
investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação,
prevista pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para os próximos dez
anos, deve estar atrelada a luta pelos 100% dos royalties do petróleo
para a educação.
Mercadante fez referência à medida
provisória que destina à educação 100% dos royalties das futuras
concessões de petróleo e gás. Também à educação serão destinados 50% dos
rendimentos do Fundo Social, integrado pelos recursos do pré-sal.
Segundo o ministro, os royalties são a única fonte de financiamento realista para viabilizar o investimento de 10% do PIB na educação. Em previsão feita pelo governo federal, caso os royalties do petróleo sejam vinculados à educação, já em 2013 renderia R$ 16 bilhões para o setor. “Teríamos um fluxo de investimento fantástico”, disse Mercadante.
Atualmente, União, estados e municípios aplicam, juntos, 5,3% do produto interno bruto (PIB) em educação, por ano. Pela Constituição, a União é obrigada a aplicar ao menos 18% de suas receitas; estados e municípios, 25%. A MP prevê que os recursos dos royalties para educação serão adicionais aos mínimos exigidos por lei.
O ministro participou neste domingo, 20, do 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), realizado pela União Nacional dos Estudantes UNE em Recife, que tem como tema a Luta pela Reforma Universitária: do manifesto de Córdoba aos nossos dias. O evento começou na sexta-feira, 19, e se estende até a segunda-feira 21.
Medida provisória – A MP foi anunciada pela
presidenta Dilma Rousseff como uma das modificações ao projeto de lei do
Congresso, que determina as novas regras de distribuição dos royalties e
da participação especial em função da exploração do petróleo, gás
natural e outros hidrocarbonetos fluidos entre os entes da Federação.
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